Este ano 2011 "começa", com algumas boas novidades e com outras menos boas, para a pesca no Minho.
Tenho pensado bastante no edital nº 27/2010, que regulamenta a pesca no Minho para 2011.
Embora me considere bastante inculto em relação ás trutas mariscas, refiro-me concretamente ao conhecimento profundo, dos seus hábitos e percursos, não encontrei ainda informação disponível suficiente para aprofundar os meus conhecimentos, como no caso dos salmões, onde existe quer em vídeos, livros, revistas, etc, informação bastante detalhada, sobre todo o percurso dos salmões, no caso das trutas mariscas, não encontrei ainda esta informação.
Possivelmente este desconhecimento, tem-me causado alguma incompreensão no entendimento de parte deste edital.
Estou a referir-me concretamente ao uso de rapalas com menos de 7 CM. Para mim não faz grande sentido, pois não é por rapalas mais pequenas poderem “apanharem” trutas mais pequenas, as trutas tem no Minho que ter todas no mínimo 30 CM, logo todas as outras menores, devem ser devolvidas á agua, e com cuidado para saírem em bom estado.
Pode e para mim tem a ver com a quantidade surpreendente que foram capturadas o ano passado (2010), como a minha equipa, outras deverão ter capturado quantidades iguais ou ainda maiores, e que em mais de 30 anos de pesca no Minho nunca tinha acontecido com a minha equipa, capturas de quantidades tão elevadas, mais do dobro de anos muito bons.
Os Espanhóis tentaram o ano anterior inverter um pouco esta tendência, “obrigando” ao uso de apenas uma fateixa por rapala, No entanto esta norma não estava regulamentada, baseavam-se no principio dos 3 anzóis permitidos por lei, uma fateixa têm 3 anzóis, daqui eles sentirem que poderiam “proibir” o uso de rapalas com mais de uma fateixa, o que permitiria que muitas trutas pudessem desprender-se e baixar as capturas.
Penso que era esta a intenção, No entanto não funcionou, dado que são águas internacionais, e não pode apenas um país, unilateralmente fazer a sua própria interpretação, mais ainda que não podem multar directamente pessoas de outro país, ou seja a Policia Marítima Espanhola, pode proceder ao levantamento de autos, ou apreensão de equipamento e mesmo barco, mas entrega á Policia Portuguesa, que depois procede em conformidade com os regulamentos. Neste caso os autos enviados pelos Espanhóis sobre esta situação, eram arquivados no caixote do lixo.
A Policia Marítima Portuguesa nunca teve esta interpretação dos regulamentos, e este ano no ponto 22 do edital, referem concretamente que podem ter duas fateixas.
A minha interpretação sobre o tamanho mínimo de 7 cm para a rapala, terá apenas um sentido, que é, interditar o uso das rapalas mais eficazes, para pescar no Minho, que essas de facto são de medida inferior.
Por mais que eu tente encontrar outra explicação, não a encontro, em Espanha em algumas barragens, caso por exemplo, Tourém, parte Espanhola, só é permitido uso de rapalas até ao tamanho máximo de 6 cm.
Então as boas noticias foram a alteração da abertura este ano, para o dia 14 de Fevereiro de 2011, e a má noticia, a definição de medida mínima de rapala.
As condições do rio estão excelentes, o que se antevê um ano muito semelhante ao ano anterior, tem entrado muitas trutas e salmões no Minho, alguns exemplares de peso muito consideráveis, aqueles que normalmente (ou digo aqueles e não os pescadores, pois um pescador respeita o defeso de um rio), mas esses que normalmente pescam todo o ano já conseguiram capturas de trutas e salmões bastante elevados.
Este ano volta a abrir (no Minho) e para já só por um ano, a pesca ao salmão.
Com as limitições regulamentadas, mas com condições do rio bastante favoráveis, espero que seja um ano bastante bom na pesca á truta, e cooncretamente á truta marisca. Claro que um salmão também é sempre bem-vindo.
Para os amantes deste belo desporto, boa sorte.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
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