terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pesca truta 2011

A abertura da pesca á truta no rio Minho no dia 14 de Fevereiro de 2011, não foi uma boa opção, as trutas embora em quantidade e dimensão bastante boas, estavam muito magras. Ainda não se via trutas a comer amêijoas (não traziam amêijoas na boca), que é um dos alimentos preferidos das trutas do Minho.


Sem dúvida que o ano de 2011, também se revelou como se esperava um excelente ano para a pesca da truta marisca, a quantidade de água das chuvas que encheu as barragens, e originou algumas pequenas cheias e um intenso caudal, permitiram que as trutas e outros peixes (Salmão, sável, e lampreia) entrar em grande quantidade.

Foi de facto uma abertura excelente quer na quantidade de exemplares pescados (embora magros), quer no tamanho.

O nosso segundo dia de pesca veio confirmar que de facto este é um bom ano de pesca. Embora todo o dia a pescar sobe um intenso caudal, água muito fria e escura da barragem, choveu muito durante toda a semana, nas fases de menor libertação de água pelas barragens, as trutas ficavam activas, o que nos permitiu uma ainda maior quantidade de trutas pescadas, uma grande quantidade de trutas sem medida devolvidas a água, neste segundo dia devolvemos á agua, 23 trutas sem os 30 cm, no entanto ainda capturamos uma boa quantidade acima dos 30cm.

Neste dia ainda confirmamos a informação dos pescadores locais, que entrou bastante salmão, capturamos dois salmões, e de dimensões razoáveis, e outro na medida. Mas capturar dois salmões em locais diferentes no mesmo dia, é algo que para o Minho e para nós é inédito, já capturamos em anos anteriores 1 salmão em alguns dias, mas nunca dois.

Mesmo os salmões e que ainda estão longe do período de reprodução, estavam um pouco magros.

Com todos estes factores, ficamos com a sensação, que este ano irá ser um excelente ano de pesca para o Minho, quando o caudal baixar, e as trutas engordarem com as amêijoas, então teremos quantidade e qualidade nos exemplares pescados, que farão com que seja um dos melhores anos de pesca á truta marisca no rio Minho. Felizmente continuamos ainda a ter um rio muito bom para a pesca, espero que consigamos não o poluir completamente, e que fazemos em Portugal com grande normalidade, e que saibamos proteger este belo, maravilhoso e rico rio.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ano 2011

Este ano 2011 "começa", com algumas boas novidades e com outras menos boas, para a pesca no Minho.


Tenho pensado bastante no edital nº 27/2010, que regulamenta a pesca no Minho para 2011.

Embora me considere bastante inculto em relação ás trutas mariscas, refiro-me concretamente ao conhecimento profundo, dos seus hábitos e percursos, não encontrei ainda informação disponível suficiente para aprofundar os meus conhecimentos, como no caso dos salmões, onde existe quer em vídeos, livros, revistas, etc, informação bastante detalhada, sobre todo o percurso dos salmões, no caso das trutas mariscas, não encontrei ainda esta informação.

Possivelmente este desconhecimento, tem-me causado alguma incompreensão no entendimento de parte deste edital.

Estou a referir-me concretamente ao uso de rapalas com menos de 7 CM. Para mim não faz grande sentido, pois não é por rapalas mais pequenas poderem “apanharem” trutas mais pequenas, as trutas tem no Minho que ter todas no mínimo 30 CM, logo todas as outras menores, devem ser devolvidas á agua, e com cuidado para saírem em bom estado.

Pode e para mim tem a ver com a quantidade surpreendente que foram capturadas o ano passado (2010), como a minha equipa, outras deverão ter capturado quantidades iguais ou ainda maiores, e que em mais de 30 anos de pesca no Minho nunca tinha acontecido com a minha equipa, capturas de quantidades tão elevadas, mais do dobro de anos muito bons.

Os Espanhóis tentaram o ano anterior inverter um pouco esta tendência, “obrigando” ao uso de apenas uma fateixa por rapala, No entanto esta norma não estava regulamentada, baseavam-se no principio dos 3 anzóis permitidos por lei, uma fateixa têm 3 anzóis, daqui eles sentirem que poderiam “proibir” o uso de rapalas com mais de uma fateixa, o que permitiria que muitas trutas pudessem desprender-se e baixar as capturas.

Penso que era esta a intenção, No entanto não funcionou, dado que são águas internacionais, e não pode apenas um país, unilateralmente fazer a sua própria interpretação, mais ainda que não podem multar directamente pessoas de outro país, ou seja a Policia Marítima Espanhola, pode proceder ao levantamento de autos, ou apreensão de equipamento e mesmo barco, mas entrega á Policia Portuguesa, que depois procede em conformidade com os regulamentos. Neste caso os autos enviados pelos Espanhóis sobre esta situação, eram arquivados no caixote do lixo.

A Policia Marítima Portuguesa nunca teve esta interpretação dos regulamentos, e este ano no ponto 22 do edital, referem concretamente que podem ter duas fateixas.

A minha interpretação sobre o tamanho mínimo de 7 cm para a rapala, terá apenas um sentido, que é, interditar o uso das rapalas mais eficazes, para pescar no Minho, que essas de facto são de medida inferior.

Por mais que eu tente encontrar outra explicação, não a encontro, em Espanha em algumas barragens, caso por exemplo, Tourém, parte Espanhola, só é permitido uso de rapalas até ao tamanho máximo de 6 cm.

Então as boas noticias foram a alteração da abertura este ano, para o dia 14 de Fevereiro de 2011, e a má noticia, a definição de medida mínima de rapala.

As condições do rio estão excelentes, o que se antevê um ano muito semelhante ao ano anterior, tem entrado muitas trutas e salmões no Minho, alguns exemplares de peso muito consideráveis, aqueles que normalmente (ou digo aqueles e não os pescadores, pois um pescador respeita o defeso de um rio), mas esses que normalmente pescam todo o ano já conseguiram capturas de trutas e salmões bastante elevados.

Este ano volta a abrir (no Minho) e para já só por um ano, a pesca ao salmão.

Com as limitições regulamentadas, mas com condições do rio bastante favoráveis, espero que seja um ano bastante bom na pesca á truta, e cooncretamente á truta marisca. Claro que um salmão também é sempre bem-vindo.
Para os amantes deste belo desporto, boa sorte.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A Paixão pela pesca

Não podia escrever um blogue sobre a pesca, e ainda menos sobre a pesca á truta no Minho, sem falar da paixão pela pesca. Como todos os sentimentos, é bastante difícil explicar este em concreto, mas vou tentar descrever um pouco o que sentimos.

Para muitas pessoas, quando se fala de pesca a primeira imagem que surge no seu pensamento, é o “homem” com uma cana na mão á espera que o peixe se suicide.

Embora este também é um tipo de “pesca” utilizado por muitos, a pesca á truta não tem qualquer semelhança com esta imagem.

A truta, como outras espécies, têm períodos de pesca definidos, a abertura da truta é em 1 Março de cada ano.

Somos todos diferentes, mas normalmente quando chega a Novembro ou meados de Dezembro, começamos nós “pescadores” a encontrar-nos nas casas de venda de artigos de pesca, a visitar os amigos da pesca, e tudo isto, apenas para pudermos falar um pouco sobre a pesca, libertar-nos um pouco a ansiedade que nos começa a preencher. Parece que nunca mais chega o dia um de Março.

Lá compramos nós algo mais para a pesca, possivelmente alguma coisa que não precisamos e nem vamos utilizar, mas o comprar já acalma a ansiedade.

Mas quando o ano termina e começa o novo, aí já estamos em contagem decrescente, é altura de tirar licenças, preparar o barco, revisão ao motor, preparar o reboque, ver canas e carretos, ver amostras e rapalas, olear e por massa nos carretos, linhas novas. Tudo têm de estar bem. O tempo agora já está em contagem decrescente, mais uns telefonemas para a capitania para ver se não existem alterações ás leis.

Tudo é preparado ao pormenor, esta preparação ajuda a que o tempo passe um pouco mais rápido, seja mais fácil esperar, pelo grande dia.

Assim andamos nesta ansiedade dois ou três meses, trocamos ideias com os amigos sobre onde vamos pescar, como, quando, técnicas? etc.

Quando finalmente chega o final do mês de Fevereiro, estamos a explodir, chegamos ao ponto de voltar a ser criança, quando tínhamos o nosso passeio na escola primária e que não conseguimos adormecer. Na abertura da pesca, acontece algo semelhante, não adianta ir para a cama ás 22horas pois temos de nos levantar ás 4 horas, apenas teríamos mais tempo a olhar para o relógio á espera que fossem 4 horas, praticamente não dormimos, e quando dormitamos é no máximo neste primeiro dia entre 1 e 1,5 horas.

Quando chega a hora não custa levantar, tudo se faz com prazer, sempre neste dia, chegamos ainda de noite ao rio, colocamos o barco na água e esperamos, esperamos que o dia nasça, mas esperamos no próprio rio.

Começa a pesca o barco não para, percorremos Km durante todo o dia, experimentamos rapalas, os rapalas são peixes artificiais que imitam normalmente um peixe ferido, o que provoca que as trutas ataquem, resultando um ataque por vezes violento. A paisagem é magnifica, normalmente a água do rio é transparente nos lugares baixos, estamos rodeados de patos bravos, mergulhões, até Cisnes selvagens já vimos, raposas, esquilos, etc. A cor verde é dominante nas margens, estamos no meio de um lindo postal, cheios de sono, cansados por não dormir e pelo esforço da pesca, mas satisfeitos, contentes, e vivos.

Temos a sensação que temos tudo o que queremos. E de facto tudo está aí.

Este é um dia único, os seguintes são também optimnos, mas este a abertura é único.

Assim numas breves palavras espero ter descrito um pouco desta paixão, deste belo desporto que nos faz sentir vivos, bem e em pleno sintonia com a natureza.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Minho 2010

O ano de 2010, ficará "marcado" na pesca á truta do Minho, por vários factores.
  1. Pela chuva intensa que se fez sentir, quer em Portugal, quer em Espanha este ano, o que provocou enormes cheias e um caudal do rio fora do comum. Este enorme caudal provocou ainda que a abertura no Minho "fosse mais tarde", dado que no dia 01/03/2010 o rio estava fora das margens e não permitia o acesso aos barcos. Apenas da margem, mas com muita dificuldade e apenas algum tipo de pesca.
  2. Talvez os factores atrás descritos, tenham levado a que muitos pescadores, sobretudo de pesca de barco, tenham desistido, ou pelo menos tenham ido menos vezes á pesca. Nunca vi tão poucos barcos a pescar ao sábado no Minho.
  3. Talvez também pelos dois factores atrás referidos, nunca nos meus mais de 20 anos a pescar de barco no rio Minho, vi o rio com tantas trutas. Talvez não tão grandes como em anos anteriores (bastante anteriores), mas também com bons exmplares, mas em quantidade, sem qualquer comparação com outro ano. Foi o ano em que deu para tirar "a barriga de misérias". Ficará marcado como o ano de 2009, ficou na pesca em Pisões.
  4. A influência do caudal deve ter sido muito importante, dado que nos anos anteriores, as trutas ficavam em grande quantidade no mar, os pescadores profissionais apanhavam-nas nas redes, desde o Porto a Caminha (foz do Minho). Este aumento de caudal, deve ter permitido uma entrada em número de trutas muito mais elevado que nos anos anteriores. Depois a falta de "pescadores" comparado com os últimos anos, permitiu que aos pescadores que este ano tiveram a sorte de pescar no Minho (pelo menos de barco, dado que das margens o  rio não permitia que os resultados fossem tão bons, não permitia o acesso pelo caudal, aos melhores lugares, e ainda pela cor da água, água de barragem com cor), permitiu aos pescadores de barco, baterem "recordes" consecutivos de número de trutas pescadas, e números que nem nos nossos melhores sonhos, poderiam acontecer.
  5. Claro que com todos as alterações no rio, o caudal alterou fundos, alterou os locais onde normalmente as trutas se alimentavam, e "alterou" ainda a cor das amostras que tivemos de utilizar, dada a cor das águas. Tivemos de nos adaptar mais uma vez, quer á cor das "amostras" quer aos locais, pois as trutas estavam em lugares um pouco diferentes de anos anteriores. Quando pensamos que conhecemos o Minho, vemos que estamos enganados, mas ainda bem, pois assim redescobrimos, novamente este belo rio.
Todos estes factores levam a que este ano fica marcado na nossa memória como um ano fora do comum. Um ano de pesca fabuloso.
Como nem tudo pode ser bom, apenas a beleza do Minho foi para já um pouco afectada, dado que a cor da água, que é retida nas barragens, e depois são obrigados a enviar em grandes quantidades, provocando que a cor da água, não seja transparente, o que faz do Minho um rio belo, limpo, e onde podemos normalmente ver os fundos, os peixes, as amêijoas que são um dos alimentos das trutas, a cor das ervas que crescem no rio, que este ano está a acontecer bastante mais tarde, permitindo uma melhor a mais eficaz pesca.
Embora ainda reste algum tempo para esta pesca, não existem dúvidas que este é o ano melhor em termos de pesca, desde que aqui pesco. Já pesco neste rio de barco á mais de 20 anos e da margem á mais de 30 anos.

Para melhor recordar anexo esta foto, de uma parte de pescaria (tirada durante um dia de pesca, ainda que não terminado esse dia). A mão, palmo que são cerca de 20cm, serve apenas para ter uma noção do tamanho das trutas. dado que no barco, não ficam trutas com menos de 30 cm, conforme a lei sobre a pesca no Minho.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A beleza Minho 1

Esta fotografia mostra Tui, vista do meio do rio.
Nesta foto podes ver duas ilhas junto a Valença, uma em frente, outra á direita. O Minho em todo o seu percurso, forma um conjunto de pequenas "ilhas". Todas bastante bonitas.

Nova foto de Tui, de outro angulo, onde realça a Beleza desta cidade Espanhola, vista do rio Minho.
Esta foto, foi "tirada" junto a ponte antiga que liga Valença a Tui, a que vemos acima, e ao fundo vê-se a Ponte Nova.

Foto da ponte antiga, vista do meio do rio.


Vista sobre o Minho, realça o verde que faz parte e acompanha sempre este belo rio. Entre Pontes.
Nova foto da ponte antiga.
Agora Valença, tambem uma linda cidade, parte histórica vista do rio.
As trutas mariscas, que fazem parte deste rio.