sábado, 23 de fevereiro de 2013
Salmão rio Narcea
Embora mal filmado, quero partilhar o filme do meu primeiro salmão grande, pescado á amostra no rio Narcea, Asturias.
Neste filme vê-se a emoção de pescar um peixe, que é o "rei do rio".
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Abertura Rio Minho 2013 -Truta Marisca
Antes da abertura da pesca, algo que gosto de fazer é “visitar” o rio. Ontem dia 16-02-2013, fomos ver o rio Minho, as “entradas” para o barco, o caudal e a cor da água.
Gostei muito do caudal, a água ainda tem uma tonalidade bastante escura, nada que impeça a pesca. Fiquei um pouco dececionado com o desassoreamento do rio junto á ponte antiga de Valença. Se por um lado em termos futuros será bom, pois nota-se um enorme “poço” que poderá ser um futuro “viveiro” de peixe, pois será um bom local onde deverá juntar comida, e uma enorme profundidade que dará alguma segurança aos peixes. Mas de imediato penso que será pior, pois foi retirado uma fonte de comida, as ameijoas que com as areias que retiraram, foram também retiradas, sendo estas uma das fontes de alimentação das trutas e outros peixes. É incrível a quantidade de areias que retiraram desta parte do rio.~
Junto á ponte também era um bom lugar para metermos os barcos na água, estando agora quase que impedido, pois tem uma enorme corda que segura uma “barca” de trabalhos no rio.
As obras na ponte podem também nesta pequena área ter algum impacto nos dias úteis. Neste ano, esta zona poderá ser um pouco pior do que o normal, mas de uma forma geral gostei bastante do rio.
Outro dos “rituais” normais é falar com alguns dos conhecedores do rio, e tentar compreender se estão a entrar trutas, salmões e outras espécies. Foi de novo confirmado as noticias que já tinha, estão a entrar muitas trutas e alguns salmões.
Viemos do Minho satisfeitos, com as informações, com o caudal do rio, e com o próprio rio. Ficamos já com algumas ideias, onde devemos “insistir” e onde não devemos perder muito tempo, vimos ainda algumas das zonas onde é proibida a pesca (anexo VI do edital 37/2012), e como contornar estes lugares.
Ver o rio antes é sempre algo de muito bom, pois pelas correntes, pela tonalidade, ficamos já com algumas ideias dos lugares a “bater” das rapalas a utilizar, “cores” e tipos.
Esta “inspeção” ao rio antes, é de facto algo recomendado, pois assim não andamos no primeiro dia ás “apalpadelas” a ver onde pescamos, claro que enquanto pescamos vamos vendo se as nossas teorias estão corretas, ou se temos de alterar o que fazemos. No entanto já partimos com uma ideia muito geral do rio.
Estou convencido que vai ser um excelente ano de trutas mariscas, de bons exemplares e de grande quantidade.
Penso que também que nas margens no inicio não será tao bom, pois o caudal vai impedir o acesso a alguns lugares excelentes, só mais tarde e com menos água será possível da margem “bater” bem esses locais.
A ver vamos, mas parto muito otimista.
Boas pescarias,
António Martins.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Abertura pesca truta marisca rio minho 2013
A um mês da abertura no Minho da truta marisca, este ano a 01/03/2013, as
noticias que chegam são muito boas.
O rio leva um excelente caudal, o que significa que as trutas e salmões têm
boas condições para entrar. E de facto estão a entrar.
A outra boa notícia é que finalmente as entidades fiscalizadoras estão a
actuar contra alguns que continuam a prevaricar, pescando no período de defeso.
Têm sido “apanhados” vários “pescadores” e segundo consta as multas são
elevadas. Sei que a Policia Marítima têm controlado um pouco os
pescadores profissionais (redes), têm também apanhado muitas trutas e alguns
salmões nas redes da lampreia e ficam com elas. Mas a lei diz, que não se podem
reter ou transportar peixes, que estão no período de defeso.
A má noticia, que por outro lado é
boa, já pescaram á cana pelo menos um salmão grande. Má porque continuam a
pescar no defeso, boa porque de facto estão a entrar trutas e salmões, sei que
também nas redes tem sido apanhadas bastantes trutas e alguns salmões.
O ano prevê-se bom, neste ano não temos o problema de pouco caudal que
limitou em muito a entrada de trutas mariscas do ano anterior. No Minho, como
em todos os rios de entrada de trutas mariscas, é importante a entrada
continuada das mesmas, assim não esgotam, são mais “bonitas” prateadas em vez
da cor escurecida pela permanência no rio, e a possibilidade de pescar algum
salmão é um pouco maior.
Por outro lado a abertura mais tardia este ano, deverá proporcionar a
captura de trutas maiores, pelo menos mais “gordas”, e uma quantidade (já no
rio) maior.
Temos todos os condimentos necessários para que este seja mais um muito bom ano de pesca á truta marisca no rio minho.
Esperemos que se concretize em boas capturas e grandes quantidades.
O Caudal a manter-se, poderá ser também, um bom ano para a pesca da
savelha. Esta pesca embora diferente mas também interessante.
Boas pescarias.
Antonio Martins
Antonio Martins
domingo, 10 de junho de 2012
Pesca á savelha no Minho
Durante vários anos vi pescar a savelha no Minho, no entanto
nunca tinha experimentado esta pesca.
Este ano finalmente resolvi pescar á savelha e foi uma surpresa muito agradável.
As savelhas do Minho são bastante grandes, atingindo os dois kilos. As savelhas mais comuns rondam um kilo.
Talvez por ser uma pesca muito semelhante á pesca ao robalo, á borracha, que eu gosto muito, também gostei bastante desta pesca.
As borrachas utilizadas são imitações do meixão, e podem ser em várias cores, entre o branco, amarelo, vermelho e outras cores.
Talvez por ser um período muito curto, de 15 de maio a 15 de junho, e a extensão do rio em que é pescado não ser muito grande, é a pesca onde se acumulam mais pescadores.
Temos no fim-de-semana de ir para o rio muito cedo, cerca das 04:30 para conseguir arranjar vez. Mesmo a esta hora já estão vários pescadores locais nos lugares mais procurados.
A savelha tem um ataque semelhante ao robalo, talvez um pouco mais violento, o que nos dá um grande prazer, quando conseguimos pescar algumas.
Exige um pouco do pescador, pois temos de durante horas seguidas fazer “lançamentos” consecutivos, e recolha, pois temos de ter a borracha a trabalhar quando as savelhas passam.
A chumbada utilizada é de cerca de 35 a 40 gramas, mas estamos continuamente a lançar.
Este ano finalmente resolvi pescar á savelha e foi uma surpresa muito agradável.
As savelhas do Minho são bastante grandes, atingindo os dois kilos. As savelhas mais comuns rondam um kilo.
Talvez por ser uma pesca muito semelhante á pesca ao robalo, á borracha, que eu gosto muito, também gostei bastante desta pesca.
As borrachas utilizadas são imitações do meixão, e podem ser em várias cores, entre o branco, amarelo, vermelho e outras cores.
Talvez por ser um período muito curto, de 15 de maio a 15 de junho, e a extensão do rio em que é pescado não ser muito grande, é a pesca onde se acumulam mais pescadores.
Temos no fim-de-semana de ir para o rio muito cedo, cerca das 04:30 para conseguir arranjar vez. Mesmo a esta hora já estão vários pescadores locais nos lugares mais procurados.
Nunca vi uma pesca
onde tantos pescadores estão “ombro a ombro” a pescar, e mesmo assim não se vêm
grandes discussões, pelo contrário estamos a pescar num ambiente amigável e de
camaradagem.
Embora seja melhor pescar de barco, pois
podemos estar em lugares mais eficazes, a pesca da margem, embora com demasiados
pescadores é bastante agradável. Foi esta última que experimentei, no próximo ano
irei fazer esta pesca de barco.A savelha tem um ataque semelhante ao robalo, talvez um pouco mais violento, o que nos dá um grande prazer, quando conseguimos pescar algumas.
Exige um pouco do pescador, pois temos de durante horas seguidas fazer “lançamentos” consecutivos, e recolha, pois temos de ter a borracha a trabalhar quando as savelhas passam.
A chumbada utilizada é de cerca de 35 a 40 gramas, mas estamos continuamente a lançar.
É de facto uma pesca
emotiva, pois estamos sempre á espera que a qualquer momento, tenhamos um
ataque violento á nossa borracha.
Como normalmente saem
algumas, como somos tantos pescadores, alguém de repente pesca alguma. Este
efeito motiva os restantes.
É uma pesca que
aconselho a quem gosta de pescar com artificiais, e alguém que gosta de fazer
pesca muito activa (nunca estamos parados).
Junto anexo texto
sobre a savelha recolhido na Net, no entanto as savelhas do Minho são maiores
do que as que este texto enumera.
Nome comum: Savelha, Saboga.
Nome científico: Alosa fallax (Lacepède, 1803)
Hábitos e Habitat: A savelha é uma das espécies de peixe pertencentes à
família Clupeidae, na qual também se incluem espécies como a sardinha e o
arenque. A savelha, ou saboga, possui o corpo fusiforme e comprimido
lateralmente. Apresenta 4 a 8 manchas pretas atrás do opérculo, bem visíveis
sobre a cor prateada dos flancos e ventre. O dorso possui coloração azulada e
brilhante. As escamas desta espécie são grandes, suaves e pouco aderentes. No
ventre possui uma linha de escamas diferentes das restantes – escuteliformes -
que formam uma quilha ou carena (Figura 1). As fêmeas atingem as maiores
dimensões e longevidade, cerca de 55 cm e aproximadamente 1 kg, podendo viver
até aos 10 anos.
A savelha
ocorre no Atlântico Nordeste, desde a Escandinávia até às zonas costeiras de
Marrocos, incluindo o Mar Mediterrâneo, Mar Báltico e Mar Negro.
Esta é uma espécie migradora anádroma, que ocorre não
só em meio marinho, como nas zonas costeiras, mas também em estuários e na zona
mais a jusante dos rios (mais próxima do estuário). Em Portugal ocorre nas
bacias dos rios Minho, Lima, Vouga, Mondego, Tejo, Sado, Mira e Guadiana. Na
bacia do Douro já não existem populações viáveis, embora se continue a
verificar a entrada de indivíduos erráticos.
As savelhas são peixes que formam cardumes que se
movimentam ao longo de toda a coluna de água, e diz-se por isso, que são peixes
pelágicos. Quando em meio marinho, vivem a profundidades na ordem dos 200 a 300
m.
É no meio marinho que as savelhas se preparam para a
migração de reprodução. No início da Primavera, entre Março e Abril, os
cardumes de savelhas agregam-se nos estuários. Em Maio começam a subir os rios,
quando a temperatura da água varia entre 10ºC e 12ºC. Esta espécie necessita de
intervalos de adaptação à diferença de salinidade da água, à medida que sai dos
estuários e começa a subir os rios.
Os machos iniciam a migração para montante dos rios
umas semanas antes das fêmeas. O local escolhido para a desova, geralmente tem
substrato arenoso, com algumas pedras e vegetação aquática. A desova ocorre em
Junho e Agosto, sempre durante a noite, em que a agitação de numerosas savelhas
a chapinhar à superfície da água produzem um som bem audível. Após a
turbulência do frenesim da desova, os ovos fecundados afundam no leito do rio,
permanecendo sobre o substrato de areia, lodo ou gravilha, e eclodem decorridos
4 a 6 dias (dependendo da temperatura da água).
Após a desova, os adultos que deixaram de se alimentar
durante a época de reprodução em água doce, regressam ao mar, podendo ainda
voltar a reproduzir-se durante cerca de 3 épocas. No mar, os adultos alimentam-se
de pequenos peixes e crustáceos.
As pequenas larvas de savelha alimentam-se de plâncton
e invertebrados dulciaquícolas à medida que são arrastadas pela força da
corrente em direcção aos estuários, onde chegam entre Agosto e Outubro. Podem
permanecer nos estuários durante 1 ano, após o qual migram para o mar até
atingir a maturidade sexual: aos 2-3 anos de idade para os machos e 3-5 anos
para as fêmeas, dando continuidade ao ciclo de vida desta espécie.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Abertura pesca Minho 2012
Noite muito curta, depois de 3
horas de dormir, levantei-me as 4:40 para sair as 5:00 e para chegar cedo e
tomar o pequeno-almoço como costume na confeitaria das cerejeiras.
As expectativas eram enormes, a
abertura nos últimos dez anos tinha sido bastante boa, nos últimos dois, mesmo
fabulosos. Tínhamos vários ingredientes que perspectivavam um bom dia de pesca.Quando chegamos ao nosso local, já dois barcos se preparavam para entrar na água, preparamos as “coisas” e aguardamos a nossa vez, chegamos em boa hora, pois não demorou muito a começar a procissão dos barcos. Esperamos já dentro do barco o nascer do dia.
A claridade do nascer do dia
apareceu e nós começamos a pescar. O tempo estava super frio, estava um vento
fraco gelado, mesmo com roupa adequada, botas de neoprene completas, e um corta-vento
por cima, não era fácil suportar o frio, as mãos congelavam á medida que o
barco andava. Normalmente quando o sol nasce, o dia aquece, já temos tido
muitos dias de frio (geada) que depois o sol nasce, e fica agradável, mas neste
nas primeiras horas era de congelar, estava a desenhar-se um dia que de facto
se confirmou, que de normal não teve nada. Normalmente não costumamos (de
barco) pescar trutas mariscas no Minho no nascer do dia, apenas algum tempo
depois, mas este começou bastante bem, foi pescada depois de 4 minutos a
primeira truta, (28 cm) e devolvida á água, depois mais uns minutos e uma
bastante grande (a melhor do dia), seguiram-se outras sem medida e vários “ataques”,
e de repente parou. Apareceu o sol e andamos tempos infinitos sem sentir peixe,
de muito em muito longe lá pescávamos mais uma truta e mais um tempo infinito
sem nada. Desesperados a que tentar todas as cores do rapala, á que fazer
experiências na forma de pescar, na velocidade, em todos as situações que nos
lembramos, troca de telefonemas com outros amigos pescadores (que tinham o
mesmo problema), mas nada fazia mudar para o que normalmente dava resultado.
Assim andamos horas a fio, até
que o sol começa a desaparecer, e as trutas voltam logo a uma boa actividade e conseguimos pescar mais algumas.
O caudal do rio muito baixo, como
nunca se viu, a água transparente, em alguns lugares de vários metros de
profundidade via-se perfeitamente o fundo. Parecia vidro, água limpa e com uma
visibilidade como nunca vi. Claro que não foi apenas por este factor que as
trutas não estavam muito activas, no meu entender e claro baseado nas que “pescávamos”,
o problema era bastante maior, as trutas que entraram, fizeram-no em Novembro e
Dezembro com as chuvas e caudal do rio, foram estas trutas que pescamos, era
normal pescar trutas acabadas de entrar, este ano não pescamos uma. Todos os
barcos com quem falamos e as trutas que vimos, estavam na mesma situação,
trutas com algum tempo de entrada. Faltava aqui as trutas que todos os dias
entram no Minho, devem estar no mar em Caminha á espera de água suficiente para
entrar. As trutas acabadas de entrar são de cor prata, todas as que pescamos
embora mariscas, já tinham alguma tonalidade mais escura, tonalidade do rio.
Foi a minha pior abertura (embora
comparativamente a outros barcos, não fosse má) nos últimos dez anos. Não tenho
qualquer dúvida que não estão a entrar muitas trutas, em algumas partes do rio
tinham mais, mas não se viam a trutas normais desta época (acabadas de entrar).Assim para este ano perspectiva-se um ano complicado, a não ser que chova suficientemente para gerar algum caudal, e aí entraram de certeza muitas trutas. Vamos pescar nestes próximos dias as trutas que estão concentradas em alguns lugares, mas sem “reposição” ou seja sem trutas a entrar todos os dias que é normal nesta época, vai terminar muito cedo a pesca no Minho este ano.
Esperemos o tempo mude, nunca vi o Minho
assim.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Caudal Rio Minho 2012
Depois de uma visita ao Minho no dia 04/02/2012, para pensar
um pouco na estratégia de pesca para a abertura, tive uma grande surpresa.
Já não vi-a o Minho á mais de dois meses, nos meus cerca de
35 anos de pesca neste rio, não me recordo de ver um caudal, neste período, tão
baixo.A preparação começou quando passei sobre o Cávado, olhei, e vi um caudal que nem no verão costuma a estar tão baixo, depois foi a vez do Lima, um braço do rio (ultimo) estava seco.
A pesca, bem como muitas coisas na vida, é um pouco como conduzir, não podemos fazer o mesmo tipo de condução em estrada seca, molhada, gelo ou neve. Aqui na pesca é muito importante a “leitura” do rio, o caudal, a tonalidade da água (está transparente), sabemos que vai estar um dia com muito pouca nebulosidade, e com pouco vento. Assim fiquei já com noção muito importante dos lugares a “insistir”e da cor das amostras a utilizar (no meu caso rapalas). Esta leitura é muito importante quer para quem pesque nas margens, quer para os barcos (meu caso). Sabemos que existem partes do rio (por vezes bastante) grandes que não vale muito insistir, e pelo contrário, outras, onde é muito importante esta insistência.
Fiquei com a impressão que mais uma vez vou ter razão, quando penso que foi uma grande “asneira” abrir a pesca tão cedo. Vai ser uma “mortandade” nas trutas. A falta de água nas barragens, logo por conseguinte, o fraco caudal, irá levar a uma maior concentração em determinados lugares das trutas, e irá fazer com que estejam ativas muito mais tempo. No rio Minho, para além da influência das marés, penso que mais importante, era a influência, das barragens, que quando “turbinavam”, aumentava muito o caudal do rio, descia a temperatura da água e as trutas ficavam algum tempo inativas, por vezes horas, nos dias de muita água. Agora com este nível, este efeito será bastante mais pequeno, o que irá permitir maior horas de atividade das trutas, logo um número capturado, bastante superior, caso tenham entrado (as trutas claro).
É evidente que este efeito será bastante maior nos barcos, no entanto nas margens também será superior, e permite ainda que se “batam” zonas de pesca que normalmente não é possível, dado o caudal do rio.
Este está a ser um ano recorde de lampreias, e eu agora compreendo um pouco porquê. Elas com o caudal atual, não têm por onde fugir, claro que também existem outros fatores. A minha previsão será um inicio de pesca, bastante “forte”, com grandes quantidades capturadas. Por outro lado será um período mais curto, pois mais rapidamente, o rio ficará “limpo” dos bons exemplares. É apenas um a opinião.
Boa pescaria.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Pesca truta marisca 2012 - Minho
Uma nova temporada está para começar, este ano começa um pouco mais cedo.
No entanto as autoridades marítimas de ambos os países de novo este ano nem têm isso em consideração, e assim, vamos fazer a abertura em 13 de Fevereiro
Ainda não vi o caudal do Minho, sei que existiram umas pequenas cheias em Outubro e Novembro. Espero que ainda exista mais alguma antes, pois é importante um bom caudal, para as trutas entrarem e não ficarem no mar como aconteceu a cerca de três anos, em que os profissionais, apanharam muitas trutas no mar entre o Porto e Caminha, o rio estava com pouco caudal, o que levou uma grande parte das trutas a ficarem no mar, não tendo entrado para a desova.
São bastantes destes pequenos salmões, que a maior parte de nós nos barcos têm pescado.
No entanto existem já em algumas zonas de repovoamento, salmões de grande porte, caso do rio Mouro, foz do rio Gregório, e Sevide. Nestes lugares já foram vistos (final do ano anterior e este ano) vários exemplares de grandes dimensões.
Não sei se são boas notícias, mas a pesca este ano no Minho abre no dia 13/02/2012.
Este decreto lei 32/2011, que define as regras para este ano, no entanto não trás grandes novidades, as que realçam numa leitura rápida são de facto a data de abertura, e alteração na medida das trutas, trutas fário e arco-íris. Estas voltaram aos anteriores 19 cm.
Quando digo que não sei se serão boas noticias, baseio-me na experiência do ano anterior, em que se pescaram muitas trutas, embora grandes, mas muito magras. As trutas só começam a estar bastante gordas em meados de Março, penso que deverá ter a ver com a amêijoa, que é uma alimentação que as trutas adoram e que as alimenta bastante bem.No entanto as autoridades marítimas de ambos os países de novo este ano nem têm isso em consideração, e assim, vamos fazer a abertura em 13 de Fevereiro
Ainda não vi o caudal do Minho, sei que existiram umas pequenas cheias em Outubro e Novembro. Espero que ainda exista mais alguma antes, pois é importante um bom caudal, para as trutas entrarem e não ficarem no mar como aconteceu a cerca de três anos, em que os profissionais, apanharam muitas trutas no mar entre o Porto e Caminha, o rio estava com pouco caudal, o que levou uma grande parte das trutas a ficarem no mar, não tendo entrado para a desova.
As boas notícias são que continuam a entrar muitos salmões, e que existem bastantes de repovoamento (entre 500 gramas a 2 kilos), estes ainda não saíram para o mar.
Estes repovoamentos foram feitos por Espanha, e também por alguns pescadores portugueses, em cooperação com as entidades oficiais.São bastantes destes pequenos salmões, que a maior parte de nós nos barcos têm pescado.
No entanto existem já em algumas zonas de repovoamento, salmões de grande porte, caso do rio Mouro, foz do rio Gregório, e Sevide. Nestes lugares já foram vistos (final do ano anterior e este ano) vários exemplares de grandes dimensões.
Estão reunidas algumas das boas condições para que seja um ano bom, para a pesca da truta marisca no rio Minho. Espero que a grande parte dos pescadores respeitem as dimensões mínimas exigidas, pois só assim poderemos no futuro continuar com o melhor rio que “passa” em Portugal. Sei que muitos não respeitam o defeso, e pescam todo o ano, mas espero que respeitem pelo menos a medida, pois assim se asseguram a sua reprodução.
Um bom ano de pesca para todos os amantes deste belo desporto.segunda-feira, 7 de março de 2011
Minho já com caudal normal 05-03-2011 - Fotos pescaria
Hoje dia 05/03/2011, com o regresso do rio Minho á “normalidade”, caudal e tonalidade da água, as perspectivas de pesca eram bastante boas.
Embora com uma pressão de pesca muito elevado, muitos pecadores de barco trocam o sábado por dia de semana, o que têm sido bom, pois agora ao sábado já não é tão confuso pescar, existem muito menos barcos. Uma grande parte das pessoas escolhem a quarta e a sexta-feira, para pescar, assim antecipam-se aos pescadores de fim-de-semana. Muitos não têm disponibilidade e têm de manter o fim-de-semana para o fazerem.
Para além dos pescadores, vê-se cada vez mais apanhadores de peixes, e são estes últimos que estragam um pouco a pesca, tenho visto vários apanhadores de peixes a “guardarem” trutas mariscas de pouco mais de 20cm, quando a medida é de 30cm. Em quarto dias de pesca no Minho, ainda não vi qualquer fiscalização, nem Espanhola nem Portuguesa, na abertura, andavam três barcos da policia marítima espanhola a percorrerem o rio, passaram várias vezes por mim e outros barcos perto de nós, sem qualquer “visita” para ver se estávamos legais, se não estavam a infringir a legislação.
A falta de fiscalização, e de fiscalização eficaz, pois vários guardam as trutas sem medida em compartimentos e lugares escondidos, levam a que os apanhadores de peixes continuem a não deixar crescer as trutas, procedendo a sua devolução (trutas sem medida), sempre que as pesquem.
Infelizmente continuamos ainda bastante atrasados mentalmente, não respeitamos a natureza, as leis de protecção, estamos muitos anos atrasados neste campo, em relação aos nossos vizinhos espanhóis. Só na margem portuguesa, e perto da margem, se vêm as garrafas de cerveja vazias a virem pelo rio abaixo, o lixo deixado nas margens pelos pescadores, o lixo deitado na corrente por alguns barcos, claro que todos portugueses. Infelizmente ainda não crescemos o suficiente nesta matéria.
Mas vamos agora ás boas noticias, o rio continua repleto de peixes, muitas trutas e muito grandes, muitos salmões. Todos os dias são pescados salmões, alguns de dimensões que mostram que já foram ao mar, e estão agora de regresso. É uma excelente notícia, ver de novo esta espécie de volta a este rio.
Todos nós pescadores de trutas sabemos, que têm as suas horas de actividade, sendo as mariscas e no Minho ainda de características mais próprias. Por vezes andamos horas sem sentir um peixe, e de repente aí estão elas, activas, lutadoras, e em quantidade. Neste rio temos de ser pacientes, e não desistir, este ultimo dia, eram 12 horas e tínhamos á volta de 4 trutas, depois de tarde fizemos uma pesca impressionante, quer em quantidade, quer em qualidade (muito grandes). Esta é uma característica deste rio que já conhecemos, a influência das marés, das barragens, leva a que tenhamos de ser muito persistentes, e apenas estes são normalmente recompensados. Este dia devolvemos ao rio vinte trutas sem medida, e mesmo assim ainda trouxemos uma enorme quantidade que anexo nas fotos abaixo.
É bom ver que este rio continua saudável, com muitas trutas e salmões, também sável e lampreia, e ainda outras espécies. Mesmo com todas as ilegalidades, os abusos, a falta de civismo e educação e de respeito pelo rio e pelos outros pescadores, continua a ser um rio excelente.
Agora deixo ficar estas fotos, para recordar e motivar, que são o fruto da dedicação que temos a este belo desporto.
Aqui pescaria completa, a mão serve para dar uma ideia mais aproximada da dimensão das trutas, estão separadas por tamanhos, as de baixo medem todas acima dos 50 cm. Em cima só existem duas com cerca de 32cm, as outras são de tamanhos bastante superiores.
Aqui mais em pormenor, as trutas grandes, todas acima dos 50cm.
Agora as restante de dimensão um pouco menor.
Embora com uma pressão de pesca muito elevado, muitos pecadores de barco trocam o sábado por dia de semana, o que têm sido bom, pois agora ao sábado já não é tão confuso pescar, existem muito menos barcos. Uma grande parte das pessoas escolhem a quarta e a sexta-feira, para pescar, assim antecipam-se aos pescadores de fim-de-semana. Muitos não têm disponibilidade e têm de manter o fim-de-semana para o fazerem.
Para além dos pescadores, vê-se cada vez mais apanhadores de peixes, e são estes últimos que estragam um pouco a pesca, tenho visto vários apanhadores de peixes a “guardarem” trutas mariscas de pouco mais de 20cm, quando a medida é de 30cm. Em quarto dias de pesca no Minho, ainda não vi qualquer fiscalização, nem Espanhola nem Portuguesa, na abertura, andavam três barcos da policia marítima espanhola a percorrerem o rio, passaram várias vezes por mim e outros barcos perto de nós, sem qualquer “visita” para ver se estávamos legais, se não estavam a infringir a legislação.
A falta de fiscalização, e de fiscalização eficaz, pois vários guardam as trutas sem medida em compartimentos e lugares escondidos, levam a que os apanhadores de peixes continuem a não deixar crescer as trutas, procedendo a sua devolução (trutas sem medida), sempre que as pesquem.
Infelizmente continuamos ainda bastante atrasados mentalmente, não respeitamos a natureza, as leis de protecção, estamos muitos anos atrasados neste campo, em relação aos nossos vizinhos espanhóis. Só na margem portuguesa, e perto da margem, se vêm as garrafas de cerveja vazias a virem pelo rio abaixo, o lixo deixado nas margens pelos pescadores, o lixo deitado na corrente por alguns barcos, claro que todos portugueses. Infelizmente ainda não crescemos o suficiente nesta matéria.
Mas vamos agora ás boas noticias, o rio continua repleto de peixes, muitas trutas e muito grandes, muitos salmões. Todos os dias são pescados salmões, alguns de dimensões que mostram que já foram ao mar, e estão agora de regresso. É uma excelente notícia, ver de novo esta espécie de volta a este rio.
Todos nós pescadores de trutas sabemos, que têm as suas horas de actividade, sendo as mariscas e no Minho ainda de características mais próprias. Por vezes andamos horas sem sentir um peixe, e de repente aí estão elas, activas, lutadoras, e em quantidade. Neste rio temos de ser pacientes, e não desistir, este ultimo dia, eram 12 horas e tínhamos á volta de 4 trutas, depois de tarde fizemos uma pesca impressionante, quer em quantidade, quer em qualidade (muito grandes). Esta é uma característica deste rio que já conhecemos, a influência das marés, das barragens, leva a que tenhamos de ser muito persistentes, e apenas estes são normalmente recompensados. Este dia devolvemos ao rio vinte trutas sem medida, e mesmo assim ainda trouxemos uma enorme quantidade que anexo nas fotos abaixo.
É bom ver que este rio continua saudável, com muitas trutas e salmões, também sável e lampreia, e ainda outras espécies. Mesmo com todas as ilegalidades, os abusos, a falta de civismo e educação e de respeito pelo rio e pelos outros pescadores, continua a ser um rio excelente.
Agora deixo ficar estas fotos, para recordar e motivar, que são o fruto da dedicação que temos a este belo desporto.
Aqui pescaria completa, a mão serve para dar uma ideia mais aproximada da dimensão das trutas, estão separadas por tamanhos, as de baixo medem todas acima dos 50 cm. Em cima só existem duas com cerca de 32cm, as outras são de tamanhos bastante superiores.
Aqui mais em pormenor, as trutas grandes, todas acima dos 50cm.
Agora as restante de dimensão um pouco menor.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Pesca truta 2011
A abertura da pesca á truta no rio Minho no dia 14 de Fevereiro de 2011, não foi uma boa opção, as trutas embora em quantidade e dimensão bastante boas, estavam muito magras. Ainda não se via trutas a comer amêijoas (não traziam amêijoas na boca), que é um dos alimentos preferidos das trutas do Minho.
Sem dúvida que o ano de 2011, também se revelou como se esperava um excelente ano para a pesca da truta marisca, a quantidade de água das chuvas que encheu as barragens, e originou algumas pequenas cheias e um intenso caudal, permitiram que as trutas e outros peixes (Salmão, sável, e lampreia) entrar em grande quantidade.
Foi de facto uma abertura excelente quer na quantidade de exemplares pescados (embora magros), quer no tamanho.
O nosso segundo dia de pesca veio confirmar que de facto este é um bom ano de pesca. Embora todo o dia a pescar sobe um intenso caudal, água muito fria e escura da barragem, choveu muito durante toda a semana, nas fases de menor libertação de água pelas barragens, as trutas ficavam activas, o que nos permitiu uma ainda maior quantidade de trutas pescadas, uma grande quantidade de trutas sem medida devolvidas a água, neste segundo dia devolvemos á agua, 23 trutas sem os 30 cm, no entanto ainda capturamos uma boa quantidade acima dos 30cm.
Neste dia ainda confirmamos a informação dos pescadores locais, que entrou bastante salmão, capturamos dois salmões, e de dimensões razoáveis, e outro na medida. Mas capturar dois salmões em locais diferentes no mesmo dia, é algo que para o Minho e para nós é inédito, já capturamos em anos anteriores 1 salmão em alguns dias, mas nunca dois.
Mesmo os salmões e que ainda estão longe do período de reprodução, estavam um pouco magros.
Com todos estes factores, ficamos com a sensação, que este ano irá ser um excelente ano de pesca para o Minho, quando o caudal baixar, e as trutas engordarem com as amêijoas, então teremos quantidade e qualidade nos exemplares pescados, que farão com que seja um dos melhores anos de pesca á truta marisca no rio Minho. Felizmente continuamos ainda a ter um rio muito bom para a pesca, espero que consigamos não o poluir completamente, e que fazemos em Portugal com grande normalidade, e que saibamos proteger este belo, maravilhoso e rico rio.
Sem dúvida que o ano de 2011, também se revelou como se esperava um excelente ano para a pesca da truta marisca, a quantidade de água das chuvas que encheu as barragens, e originou algumas pequenas cheias e um intenso caudal, permitiram que as trutas e outros peixes (Salmão, sável, e lampreia) entrar em grande quantidade.
Foi de facto uma abertura excelente quer na quantidade de exemplares pescados (embora magros), quer no tamanho.
O nosso segundo dia de pesca veio confirmar que de facto este é um bom ano de pesca. Embora todo o dia a pescar sobe um intenso caudal, água muito fria e escura da barragem, choveu muito durante toda a semana, nas fases de menor libertação de água pelas barragens, as trutas ficavam activas, o que nos permitiu uma ainda maior quantidade de trutas pescadas, uma grande quantidade de trutas sem medida devolvidas a água, neste segundo dia devolvemos á agua, 23 trutas sem os 30 cm, no entanto ainda capturamos uma boa quantidade acima dos 30cm.
Neste dia ainda confirmamos a informação dos pescadores locais, que entrou bastante salmão, capturamos dois salmões, e de dimensões razoáveis, e outro na medida. Mas capturar dois salmões em locais diferentes no mesmo dia, é algo que para o Minho e para nós é inédito, já capturamos em anos anteriores 1 salmão em alguns dias, mas nunca dois.
Mesmo os salmões e que ainda estão longe do período de reprodução, estavam um pouco magros.
Com todos estes factores, ficamos com a sensação, que este ano irá ser um excelente ano de pesca para o Minho, quando o caudal baixar, e as trutas engordarem com as amêijoas, então teremos quantidade e qualidade nos exemplares pescados, que farão com que seja um dos melhores anos de pesca á truta marisca no rio Minho. Felizmente continuamos ainda a ter um rio muito bom para a pesca, espero que consigamos não o poluir completamente, e que fazemos em Portugal com grande normalidade, e que saibamos proteger este belo, maravilhoso e rico rio.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Ano 2011
Este ano 2011 "começa", com algumas boas novidades e com outras menos boas, para a pesca no Minho.
Tenho pensado bastante no edital nº 27/2010, que regulamenta a pesca no Minho para 2011.
Embora me considere bastante inculto em relação ás trutas mariscas, refiro-me concretamente ao conhecimento profundo, dos seus hábitos e percursos, não encontrei ainda informação disponível suficiente para aprofundar os meus conhecimentos, como no caso dos salmões, onde existe quer em vídeos, livros, revistas, etc, informação bastante detalhada, sobre todo o percurso dos salmões, no caso das trutas mariscas, não encontrei ainda esta informação.
Possivelmente este desconhecimento, tem-me causado alguma incompreensão no entendimento de parte deste edital.
Estou a referir-me concretamente ao uso de rapalas com menos de 7 CM. Para mim não faz grande sentido, pois não é por rapalas mais pequenas poderem “apanharem” trutas mais pequenas, as trutas tem no Minho que ter todas no mínimo 30 CM, logo todas as outras menores, devem ser devolvidas á agua, e com cuidado para saírem em bom estado.
Pode e para mim tem a ver com a quantidade surpreendente que foram capturadas o ano passado (2010), como a minha equipa, outras deverão ter capturado quantidades iguais ou ainda maiores, e que em mais de 30 anos de pesca no Minho nunca tinha acontecido com a minha equipa, capturas de quantidades tão elevadas, mais do dobro de anos muito bons.
Os Espanhóis tentaram o ano anterior inverter um pouco esta tendência, “obrigando” ao uso de apenas uma fateixa por rapala, No entanto esta norma não estava regulamentada, baseavam-se no principio dos 3 anzóis permitidos por lei, uma fateixa têm 3 anzóis, daqui eles sentirem que poderiam “proibir” o uso de rapalas com mais de uma fateixa, o que permitiria que muitas trutas pudessem desprender-se e baixar as capturas.
Penso que era esta a intenção, No entanto não funcionou, dado que são águas internacionais, e não pode apenas um país, unilateralmente fazer a sua própria interpretação, mais ainda que não podem multar directamente pessoas de outro país, ou seja a Policia Marítima Espanhola, pode proceder ao levantamento de autos, ou apreensão de equipamento e mesmo barco, mas entrega á Policia Portuguesa, que depois procede em conformidade com os regulamentos. Neste caso os autos enviados pelos Espanhóis sobre esta situação, eram arquivados no caixote do lixo.
A Policia Marítima Portuguesa nunca teve esta interpretação dos regulamentos, e este ano no ponto 22 do edital, referem concretamente que podem ter duas fateixas.
A minha interpretação sobre o tamanho mínimo de 7 cm para a rapala, terá apenas um sentido, que é, interditar o uso das rapalas mais eficazes, para pescar no Minho, que essas de facto são de medida inferior.
Por mais que eu tente encontrar outra explicação, não a encontro, em Espanha em algumas barragens, caso por exemplo, Tourém, parte Espanhola, só é permitido uso de rapalas até ao tamanho máximo de 6 cm.
Então as boas noticias foram a alteração da abertura este ano, para o dia 14 de Fevereiro de 2011, e a má noticia, a definição de medida mínima de rapala.
As condições do rio estão excelentes, o que se antevê um ano muito semelhante ao ano anterior, tem entrado muitas trutas e salmões no Minho, alguns exemplares de peso muito consideráveis, aqueles que normalmente (ou digo aqueles e não os pescadores, pois um pescador respeita o defeso de um rio), mas esses que normalmente pescam todo o ano já conseguiram capturas de trutas e salmões bastante elevados.
Este ano volta a abrir (no Minho) e para já só por um ano, a pesca ao salmão.
Com as limitições regulamentadas, mas com condições do rio bastante favoráveis, espero que seja um ano bastante bom na pesca á truta, e cooncretamente á truta marisca. Claro que um salmão também é sempre bem-vindo.
Para os amantes deste belo desporto, boa sorte.
Tenho pensado bastante no edital nº 27/2010, que regulamenta a pesca no Minho para 2011.
Embora me considere bastante inculto em relação ás trutas mariscas, refiro-me concretamente ao conhecimento profundo, dos seus hábitos e percursos, não encontrei ainda informação disponível suficiente para aprofundar os meus conhecimentos, como no caso dos salmões, onde existe quer em vídeos, livros, revistas, etc, informação bastante detalhada, sobre todo o percurso dos salmões, no caso das trutas mariscas, não encontrei ainda esta informação.
Possivelmente este desconhecimento, tem-me causado alguma incompreensão no entendimento de parte deste edital.
Estou a referir-me concretamente ao uso de rapalas com menos de 7 CM. Para mim não faz grande sentido, pois não é por rapalas mais pequenas poderem “apanharem” trutas mais pequenas, as trutas tem no Minho que ter todas no mínimo 30 CM, logo todas as outras menores, devem ser devolvidas á agua, e com cuidado para saírem em bom estado.
Pode e para mim tem a ver com a quantidade surpreendente que foram capturadas o ano passado (2010), como a minha equipa, outras deverão ter capturado quantidades iguais ou ainda maiores, e que em mais de 30 anos de pesca no Minho nunca tinha acontecido com a minha equipa, capturas de quantidades tão elevadas, mais do dobro de anos muito bons.
Os Espanhóis tentaram o ano anterior inverter um pouco esta tendência, “obrigando” ao uso de apenas uma fateixa por rapala, No entanto esta norma não estava regulamentada, baseavam-se no principio dos 3 anzóis permitidos por lei, uma fateixa têm 3 anzóis, daqui eles sentirem que poderiam “proibir” o uso de rapalas com mais de uma fateixa, o que permitiria que muitas trutas pudessem desprender-se e baixar as capturas.
Penso que era esta a intenção, No entanto não funcionou, dado que são águas internacionais, e não pode apenas um país, unilateralmente fazer a sua própria interpretação, mais ainda que não podem multar directamente pessoas de outro país, ou seja a Policia Marítima Espanhola, pode proceder ao levantamento de autos, ou apreensão de equipamento e mesmo barco, mas entrega á Policia Portuguesa, que depois procede em conformidade com os regulamentos. Neste caso os autos enviados pelos Espanhóis sobre esta situação, eram arquivados no caixote do lixo.
A Policia Marítima Portuguesa nunca teve esta interpretação dos regulamentos, e este ano no ponto 22 do edital, referem concretamente que podem ter duas fateixas.
A minha interpretação sobre o tamanho mínimo de 7 cm para a rapala, terá apenas um sentido, que é, interditar o uso das rapalas mais eficazes, para pescar no Minho, que essas de facto são de medida inferior.
Por mais que eu tente encontrar outra explicação, não a encontro, em Espanha em algumas barragens, caso por exemplo, Tourém, parte Espanhola, só é permitido uso de rapalas até ao tamanho máximo de 6 cm.
Então as boas noticias foram a alteração da abertura este ano, para o dia 14 de Fevereiro de 2011, e a má noticia, a definição de medida mínima de rapala.
As condições do rio estão excelentes, o que se antevê um ano muito semelhante ao ano anterior, tem entrado muitas trutas e salmões no Minho, alguns exemplares de peso muito consideráveis, aqueles que normalmente (ou digo aqueles e não os pescadores, pois um pescador respeita o defeso de um rio), mas esses que normalmente pescam todo o ano já conseguiram capturas de trutas e salmões bastante elevados.
Este ano volta a abrir (no Minho) e para já só por um ano, a pesca ao salmão.
Com as limitições regulamentadas, mas com condições do rio bastante favoráveis, espero que seja um ano bastante bom na pesca á truta, e cooncretamente á truta marisca. Claro que um salmão também é sempre bem-vindo.
Para os amantes deste belo desporto, boa sorte.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
A Paixão pela pesca
Não podia escrever um blogue sobre a pesca, e ainda menos sobre a pesca á truta no Minho, sem falar da paixão pela pesca. Como todos os sentimentos, é bastante difícil explicar este em concreto, mas vou tentar descrever um pouco o que sentimos.
Para muitas pessoas, quando se fala de pesca a primeira imagem que surge no seu pensamento, é o “homem” com uma cana na mão á espera que o peixe se suicide.
Embora este também é um tipo de “pesca” utilizado por muitos, a pesca á truta não tem qualquer semelhança com esta imagem.
A truta, como outras espécies, têm períodos de pesca definidos, a abertura da truta é em 1 Março de cada ano.
Somos todos diferentes, mas normalmente quando chega a Novembro ou meados de Dezembro, começamos nós “pescadores” a encontrar-nos nas casas de venda de artigos de pesca, a visitar os amigos da pesca, e tudo isto, apenas para pudermos falar um pouco sobre a pesca, libertar-nos um pouco a ansiedade que nos começa a preencher. Parece que nunca mais chega o dia um de Março.
Lá compramos nós algo mais para a pesca, possivelmente alguma coisa que não precisamos e nem vamos utilizar, mas o comprar já acalma a ansiedade.
Mas quando o ano termina e começa o novo, aí já estamos em contagem decrescente, é altura de tirar licenças, preparar o barco, revisão ao motor, preparar o reboque, ver canas e carretos, ver amostras e rapalas, olear e por massa nos carretos, linhas novas. Tudo têm de estar bem. O tempo agora já está em contagem decrescente, mais uns telefonemas para a capitania para ver se não existem alterações ás leis.
Tudo é preparado ao pormenor, esta preparação ajuda a que o tempo passe um pouco mais rápido, seja mais fácil esperar, pelo grande dia.
Assim andamos nesta ansiedade dois ou três meses, trocamos ideias com os amigos sobre onde vamos pescar, como, quando, técnicas? etc.
Quando finalmente chega o final do mês de Fevereiro, estamos a explodir, chegamos ao ponto de voltar a ser criança, quando tínhamos o nosso passeio na escola primária e que não conseguimos adormecer. Na abertura da pesca, acontece algo semelhante, não adianta ir para a cama ás 22horas pois temos de nos levantar ás 4 horas, apenas teríamos mais tempo a olhar para o relógio á espera que fossem 4 horas, praticamente não dormimos, e quando dormitamos é no máximo neste primeiro dia entre 1 e 1,5 horas.
Quando chega a hora não custa levantar, tudo se faz com prazer, sempre neste dia, chegamos ainda de noite ao rio, colocamos o barco na água e esperamos, esperamos que o dia nasça, mas esperamos no próprio rio.
Começa a pesca o barco não para, percorremos Km durante todo o dia, experimentamos rapalas, os rapalas são peixes artificiais que imitam normalmente um peixe ferido, o que provoca que as trutas ataquem, resultando um ataque por vezes violento. A paisagem é magnifica, normalmente a água do rio é transparente nos lugares baixos, estamos rodeados de patos bravos, mergulhões, até Cisnes selvagens já vimos, raposas, esquilos, etc. A cor verde é dominante nas margens, estamos no meio de um lindo postal, cheios de sono, cansados por não dormir e pelo esforço da pesca, mas satisfeitos, contentes, e vivos.
Temos a sensação que temos tudo o que queremos. E de facto tudo está aí.
Este é um dia único, os seguintes são também optimnos, mas este a abertura é único.
Assim numas breves palavras espero ter descrito um pouco desta paixão, deste belo desporto que nos faz sentir vivos, bem e em pleno sintonia com a natureza.
Para muitas pessoas, quando se fala de pesca a primeira imagem que surge no seu pensamento, é o “homem” com uma cana na mão á espera que o peixe se suicide.
Embora este também é um tipo de “pesca” utilizado por muitos, a pesca á truta não tem qualquer semelhança com esta imagem.
A truta, como outras espécies, têm períodos de pesca definidos, a abertura da truta é em 1 Março de cada ano.
Somos todos diferentes, mas normalmente quando chega a Novembro ou meados de Dezembro, começamos nós “pescadores” a encontrar-nos nas casas de venda de artigos de pesca, a visitar os amigos da pesca, e tudo isto, apenas para pudermos falar um pouco sobre a pesca, libertar-nos um pouco a ansiedade que nos começa a preencher. Parece que nunca mais chega o dia um de Março.
Lá compramos nós algo mais para a pesca, possivelmente alguma coisa que não precisamos e nem vamos utilizar, mas o comprar já acalma a ansiedade.
Mas quando o ano termina e começa o novo, aí já estamos em contagem decrescente, é altura de tirar licenças, preparar o barco, revisão ao motor, preparar o reboque, ver canas e carretos, ver amostras e rapalas, olear e por massa nos carretos, linhas novas. Tudo têm de estar bem. O tempo agora já está em contagem decrescente, mais uns telefonemas para a capitania para ver se não existem alterações ás leis.
Tudo é preparado ao pormenor, esta preparação ajuda a que o tempo passe um pouco mais rápido, seja mais fácil esperar, pelo grande dia.
Assim andamos nesta ansiedade dois ou três meses, trocamos ideias com os amigos sobre onde vamos pescar, como, quando, técnicas? etc.
Quando finalmente chega o final do mês de Fevereiro, estamos a explodir, chegamos ao ponto de voltar a ser criança, quando tínhamos o nosso passeio na escola primária e que não conseguimos adormecer. Na abertura da pesca, acontece algo semelhante, não adianta ir para a cama ás 22horas pois temos de nos levantar ás 4 horas, apenas teríamos mais tempo a olhar para o relógio á espera que fossem 4 horas, praticamente não dormimos, e quando dormitamos é no máximo neste primeiro dia entre 1 e 1,5 horas.
Quando chega a hora não custa levantar, tudo se faz com prazer, sempre neste dia, chegamos ainda de noite ao rio, colocamos o barco na água e esperamos, esperamos que o dia nasça, mas esperamos no próprio rio.
Começa a pesca o barco não para, percorremos Km durante todo o dia, experimentamos rapalas, os rapalas são peixes artificiais que imitam normalmente um peixe ferido, o que provoca que as trutas ataquem, resultando um ataque por vezes violento. A paisagem é magnifica, normalmente a água do rio é transparente nos lugares baixos, estamos rodeados de patos bravos, mergulhões, até Cisnes selvagens já vimos, raposas, esquilos, etc. A cor verde é dominante nas margens, estamos no meio de um lindo postal, cheios de sono, cansados por não dormir e pelo esforço da pesca, mas satisfeitos, contentes, e vivos.
Temos a sensação que temos tudo o que queremos. E de facto tudo está aí.
Este é um dia único, os seguintes são também optimnos, mas este a abertura é único.
Assim numas breves palavras espero ter descrito um pouco desta paixão, deste belo desporto que nos faz sentir vivos, bem e em pleno sintonia com a natureza.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Minho 2010
O ano de 2010, ficará "marcado" na pesca á truta do Minho, por vários factores.
Como nem tudo pode ser bom, apenas a beleza do Minho foi para já um pouco afectada, dado que a cor da água, que é retida nas barragens, e depois são obrigados a enviar em grandes quantidades, provocando que a cor da água, não seja transparente, o que faz do Minho um rio belo, limpo, e onde podemos normalmente ver os fundos, os peixes, as amêijoas que são um dos alimentos das trutas, a cor das ervas que crescem no rio, que este ano está a acontecer bastante mais tarde, permitindo uma melhor a mais eficaz pesca.
Embora ainda reste algum tempo para esta pesca, não existem dúvidas que este é o ano melhor em termos de pesca, desde que aqui pesco. Já pesco neste rio de barco á mais de 20 anos e da margem á mais de 30 anos.
Para melhor recordar anexo esta foto, de uma parte de pescaria (tirada durante um dia de pesca, ainda que não terminado esse dia). A mão, palmo que são cerca de 20cm, serve apenas para ter uma noção do tamanho das trutas. dado que no barco, não ficam trutas com menos de 30 cm, conforme a lei sobre a pesca no Minho.
- Pela chuva intensa que se fez sentir, quer em Portugal, quer em Espanha este ano, o que provocou enormes cheias e um caudal do rio fora do comum. Este enorme caudal provocou ainda que a abertura no Minho "fosse mais tarde", dado que no dia 01/03/2010 o rio estava fora das margens e não permitia o acesso aos barcos. Apenas da margem, mas com muita dificuldade e apenas algum tipo de pesca.
- Talvez os factores atrás descritos, tenham levado a que muitos pescadores, sobretudo de pesca de barco, tenham desistido, ou pelo menos tenham ido menos vezes á pesca. Nunca vi tão poucos barcos a pescar ao sábado no Minho.
- Talvez também pelos dois factores atrás referidos, nunca nos meus mais de 20 anos a pescar de barco no rio Minho, vi o rio com tantas trutas. Talvez não tão grandes como em anos anteriores (bastante anteriores), mas também com bons exmplares, mas em quantidade, sem qualquer comparação com outro ano. Foi o ano em que deu para tirar "a barriga de misérias". Ficará marcado como o ano de 2009, ficou na pesca em Pisões.
- A influência do caudal deve ter sido muito importante, dado que nos anos anteriores, as trutas ficavam em grande quantidade no mar, os pescadores profissionais apanhavam-nas nas redes, desde o Porto a Caminha (foz do Minho). Este aumento de caudal, deve ter permitido uma entrada em número de trutas muito mais elevado que nos anos anteriores. Depois a falta de "pescadores" comparado com os últimos anos, permitiu que aos pescadores que este ano tiveram a sorte de pescar no Minho (pelo menos de barco, dado que das margens o rio não permitia que os resultados fossem tão bons, não permitia o acesso pelo caudal, aos melhores lugares, e ainda pela cor da água, água de barragem com cor), permitiu aos pescadores de barco, baterem "recordes" consecutivos de número de trutas pescadas, e números que nem nos nossos melhores sonhos, poderiam acontecer.
- Claro que com todos as alterações no rio, o caudal alterou fundos, alterou os locais onde normalmente as trutas se alimentavam, e "alterou" ainda a cor das amostras que tivemos de utilizar, dada a cor das águas. Tivemos de nos adaptar mais uma vez, quer á cor das "amostras" quer aos locais, pois as trutas estavam em lugares um pouco diferentes de anos anteriores. Quando pensamos que conhecemos o Minho, vemos que estamos enganados, mas ainda bem, pois assim redescobrimos, novamente este belo rio.
Como nem tudo pode ser bom, apenas a beleza do Minho foi para já um pouco afectada, dado que a cor da água, que é retida nas barragens, e depois são obrigados a enviar em grandes quantidades, provocando que a cor da água, não seja transparente, o que faz do Minho um rio belo, limpo, e onde podemos normalmente ver os fundos, os peixes, as amêijoas que são um dos alimentos das trutas, a cor das ervas que crescem no rio, que este ano está a acontecer bastante mais tarde, permitindo uma melhor a mais eficaz pesca.
Embora ainda reste algum tempo para esta pesca, não existem dúvidas que este é o ano melhor em termos de pesca, desde que aqui pesco. Já pesco neste rio de barco á mais de 20 anos e da margem á mais de 30 anos.
Para melhor recordar anexo esta foto, de uma parte de pescaria (tirada durante um dia de pesca, ainda que não terminado esse dia). A mão, palmo que são cerca de 20cm, serve apenas para ter uma noção do tamanho das trutas. dado que no barco, não ficam trutas com menos de 30 cm, conforme a lei sobre a pesca no Minho.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
A beleza Minho 1
Esta fotografia mostra Tui, vista do meio do rio.
Nesta foto podes ver duas ilhas junto a Valença, uma em frente, outra á direita. O Minho em todo o seu percurso, forma um conjunto de pequenas "ilhas". Todas bastante bonitas.
Nova foto de Tui, de outro angulo, onde realça a Beleza desta cidade Espanhola, vista do rio Minho.
Esta foto, foi "tirada" junto a ponte antiga que liga Valença a Tui, a que vemos acima, e ao fundo vê-se a Ponte Nova.
Foto da ponte antiga, vista do meio do rio.
Vista sobre o Minho, realça o verde que faz parte e acompanha sempre este belo rio. Entre Pontes.
Nova foto da ponte antiga.
Agora Valença, tambem uma linda cidade, parte histórica vista do rio.
Nesta foto podes ver duas ilhas junto a Valença, uma em frente, outra á direita. O Minho em todo o seu percurso, forma um conjunto de pequenas "ilhas". Todas bastante bonitas.
Esta foto, foi "tirada" junto a ponte antiga que liga Valença a Tui, a que vemos acima, e ao fundo vê-se a Ponte Nova.
Foto da ponte antiga, vista do meio do rio.
Vista sobre o Minho, realça o verde que faz parte e acompanha sempre este belo rio. Entre Pontes.
Nova foto da ponte antiga.
Agora Valença, tambem uma linda cidade, parte histórica vista do rio.
As trutas mariscas, que fazem parte deste rio.
domingo, 28 de março de 2010
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